domingo, 6 de junho de 2010

RELICÁRIO DE VOCABULÁRIOS


RELICÁRIO DE VOCÁBULOS

(Por todos que te seguem)

Não precisa por no envelope

Nem precisa de selo ou do correio

Nem mesmo do carteiro

Onde sonhos minhas fantasias

Vejo palavras que minhas as queria

Pra dizer e expressar o que sinto em minha vida

Logo nunca esteja vazia

Se ligar com o mundo entrar em contato com todos

Poder conhecer outras realidades com apenas um toque

Viajar, buscar, informar e confortar

Viajar sem sair do lugar, conhecer, aprender e consultar

Rever amigos e reaver amizades

Enviar a palavra amiga aquela que com talento

Sua doçura vive a espalhar

Quanta coisa mudou e se criou

Às vezes me sinto perdido

Em meio a vocábulos tão estranhos

Que de minha adolescência para agora, o tempo voou

As letras são os sinais gráficos,

As pronúncias são os fonemas.

Da junção dos mesmos vêm as sílabas.

E das sílabas, os vocábulos. São belas cenas.

Palavras simples, compostas,

Primitivas e derivadas.

Delas nascem as diferentes línguas,

Por todos os povos faladas.

Os vocábulos ou palavras

Estão em todo lugar.

Com eles elaboramos as frases,

Meios de nos comunicar.

Das frases, as orações,

Uma aqui, outra adiante,

Daí surgem os períodos,

Formando o texto interessante.

Cada um com a sua característica,

Uns pacíficos, outros arrogantes;

Alguns bem aceitos, outros estranhos.

Mas todos são importantes.

Sejam escritos ou falados,

Os verbetes são padrão, são cultura.

Em quaisquer das gerações

Eles tornam-se uma bravura.

Velozes correm para diversos lados,

Nas profundezas e nas alturas.

Ora sonoros, ora baixos.

Estão em todas as criaturas.

Existe os concretos

Com significação definida, sem segredos.

E também os abstratos,

Imaginários, com os seus enredos.

A manfiestação oral e escrita

Tem essencial significado.

Na ortografia estuda-se isso,

Lendo e redigindo algo estruturado.

Bastante são os verbetes,

Não se consegue contar.

Formam um mundo sedutor,

Multiplicam-se sem cessar.

Desde os séculos mais remotos

E nos dias atuais,

O fonema e o sinal da grafia

São meios fundamentais.

No vocábulo tudo encontra-se,

Nada fica a desejar.

Qualquer indivíduo ou nação

Orgulha-se do seu falar.

Se caso obrigasse-nos a calarmos,

Mesmo assim rezingaríamos.

E se proibisse rezingarmos,

Com movimen tos falaríamos.

Idioma todos temos

para conservá-lo vivo.

O que importa é o diálogo,

Ninguém ficar inibido.

Toda pessoa é igual,

Sabendo bem ou mal se expressar.

A dicção tem digno valor,

Na linguagem culta ou popular.

Pela palavra é que foi feito

Tudo o que existe no universo.

Ela constrói e destrói,

Sua influência é um sucesso.

Herdamos dos nossos ancestrais

Um léxico de variações.

E mesmo os que não conseguem falar,

Usam gestos para interações.

Passa o tempo, descobre-se algo novo,

Tudo muda a cada instante.

Só que o termo permanece.

É eterno, é exultante.

O vocábulo sempre foi

Uma alavanca poderosa.

Sem ele seria difícil

A nossa comunicação sonora.

A palavra é o ouro

Que os fortes e os fracos têm.

É um escudo valioso.

Ninguém rouba de ninguém.

É necessidade cotidiana

Alimentar-se, trabalhar, ler e repousar.

Para uma sadia leitura

Basta um escrito popular.

As amizades continuam agora mais distintamente próximas

Amores chegando, amores partindo

Viajando por cabos e fios nunca dantes navegados

Um tanto quanto desconhecidos

Mas por traz de tudo isso

Sempre haverá e terá de haver

Uma pessoa, um ser humano, um carinho e uma amizade

Um coração com ternura a bater e compreender.

(Citações e fragmentos, por Marcos Machrysller)


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