
| RELICÁRIO DE VOCÁBULOS |
| (Por todos que te seguem) |
| Não precisa por no envelope |
| Nem precisa de selo ou do correio |
| Nem mesmo do carteiro |
| Onde sonhos minhas fantasias |
| Vejo palavras que minhas as queria |
| Pra dizer e expressar o que sinto em minha vida |
| Logo nunca esteja vazia |
| Se ligar com o mundo entrar em contato com todos |
| Poder conhecer outras realidades com apenas um toque |
| Viajar, buscar, informar e confortar |
| Viajar sem sair do lugar, conhecer, aprender e consultar |
| Rever amigos e reaver amizades |
| Enviar a palavra amiga aquela que com talento |
| Sua doçura vive a espalhar |
| Quanta coisa mudou e se criou |
| Às vezes me sinto perdido |
| Em meio a vocábulos tão estranhos |
| Que de minha adolescência para agora, o tempo voou |
| As letras são os sinais gráficos, |
| As pronúncias são os fonemas. |
| Da junção dos mesmos vêm as sílabas. |
| E das sílabas, os vocábulos. São belas cenas. |
| Palavras simples, compostas, |
| Primitivas e derivadas. |
| Delas nascem as diferentes línguas, |
| Por todos os povos faladas. |
| Os vocábulos ou palavras |
| Estão em todo lugar. |
| Com eles elaboramos as frases, |
| Meios de nos comunicar. |
| Das frases, as orações, |
| Uma aqui, outra adiante, |
| Daí surgem os períodos, |
| Formando o texto interessante. |
| Cada um com a sua característica, |
| Uns pacíficos, outros arrogantes; |
| Alguns bem aceitos, outros estranhos. |
| Mas todos são importantes. |
| Sejam escritos ou falados, |
| Os verbetes são padrão, são cultura. |
| Em quaisquer das gerações |
| Eles tornam-se uma bravura. |
| Velozes correm para diversos lados, |
| Nas profundezas e nas alturas. |
| Ora sonoros, ora baixos. |
| Estão em todas as criaturas. |
| Existe os concretos |
| Com significação definida, sem segredos. |
| E também os abstratos, |
| Imaginários, com os seus enredos. |
| A manfiestação oral e escrita |
| Tem essencial significado. |
| Na ortografia estuda-se isso, |
| Lendo e redigindo algo estruturado. |
| Bastante são os verbetes, |
| Não se consegue contar. |
| Formam um mundo sedutor, |
| Multiplicam-se sem cessar. |
| Desde os séculos mais remotos |
| E nos dias atuais, |
| O fonema e o sinal da grafia |
| São meios fundamentais. |
| No vocábulo tudo encontra-se, |
| Nada fica a desejar. |
| Qualquer indivíduo ou nação |
| Orgulha-se do seu falar. |
| Se caso obrigasse-nos a calarmos, |
| Mesmo assim rezingaríamos. |
| E se proibisse rezingarmos, |
| Com movimen tos falaríamos. |
| Idioma todos temos |
| para conservá-lo vivo. |
| O que importa é o diálogo, |
| Ninguém ficar inibido. |
| Toda pessoa é igual, |
| Sabendo bem ou mal se expressar. |
| A dicção tem digno valor, |
| Na linguagem culta ou popular. |
| Pela palavra é que foi feito |
| Tudo o que existe no universo. |
| Ela constrói e destrói, |
| Sua influência é um sucesso. |
| Herdamos dos nossos ancestrais |
| Um léxico de variações. |
| E mesmo os que não conseguem falar, |
| Usam gestos para interações. |
| Passa o tempo, descobre-se algo novo, |
| Tudo muda a cada instante. |
| Só que o termo permanece. |
| É eterno, é exultante. |
| O vocábulo sempre foi |
| Uma alavanca poderosa. |
| Sem ele seria difícil |
| A nossa comunicação sonora. |
| A palavra é o ouro |
| Que os fortes e os fracos têm. |
| É um escudo valioso. |
| Ninguém rouba de ninguém. |
| É necessidade cotidiana |
| Alimentar-se, trabalhar, ler e repousar. |
| Para uma sadia leitura |
| Basta um escrito popular. |
| As amizades continuam agora mais distintamente próximas |
| Amores chegando, amores partindo |
| Viajando por cabos e fios nunca dantes navegados |
| Um tanto quanto desconhecidos |
| Mas por traz de tudo isso |
| Sempre haverá e terá de haver |
| Uma pessoa, um ser humano, um carinho e uma amizade |
| Um coração com ternura a bater e compreender. |
| (Citações e fragmentos, por Marcos Machrysller) |
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